O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 32 anos, nesta quarta-feira (13). Fruto da mobilização de movimentos populares, da comunidade científica, juristas e legisladores, é um marco na garantia dos direitos e na proteção de crianças e adolescentes. Em Laranjeiras do Sul, programas e serviços protegem as pessoas que fazem parte desse grupo, principalmente aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade e risco social. Antes do ECA, existia no Brasil o Código de Menores, que assegurava uma outra realidade às crianças e adolescentes que estavam sujeitos às mesmas leis, penalidades e, inclusive, prisões previstas para os adultos. A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Laranjeiras do Sul (CMDCA) e secretária de Assistência Social, Regiane Castro, ressalta que a aprovação do ECA rompeu, então, com esse paradigma e inaugurou uma nova concepção de infância para a legislação brasileira, doutrina da proteção integral, na qual crianças e adolescentes são reconhecidos como sujeitos de direitos e de proteção.“Com isso, passou a ser dever do Estado, da família e da sociedade possibilitar o desenvolvimento físico, psicológico, moral e social de nossas crianças e adolescentes”, explica.Rede de ProteçãoO surgimento do ECA exigiu um reordenamento jurídico e contribuiu para a criação de um sistema de garantia para que os direitos fossem respeitados. Nasceram então instâncias institucionais que garantem a promoção, a proteção e a defesa dos direitos de crianças e adolescentes, como é o caso da Rede de Proteção das crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade e risco social. Em Laranjeiras do Sul, fazem parte da Rede de Proteção:1 – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA;2 – Conselho Tutelar;3 – Ministério Público;4 – Poder Judiciário;5 – Policia Militar;6 – Policia Civil;7 – CENSE;8 – Secretaria Municipal de Assistência Social e seus órgãos vinculados, como o CRAS, o CREAS e o Centro da Juventude. 9 – Secretaria Municipal de Saúde e suas Unidades Básicas de Saúde, o CAPS, hospitais conveniados e demais serviços e programas do SUS;10 – Secretaria Municipal de Educação e sua rede de CMEIS e Escolas; 11 – Núcleo Regional de Educação e todas as escolas estaduais;12 – Organizações da sociedade civil que trabalham pelos direitos da criança e do adolescente, como a APAE, o S.O.S, o CEMIC, APMFS, TULS, dentre outras.Trabalho preventivo e protetivoO trabalho preventivo, ofertado no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), é desenvolvido por meio de ações socioeducativas que ajudam no fortalecimento da autoestima, da relação com as famílias e de convívio com a comunidade. As atividades acontecem nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), que participam de oficinas.As crianças e adolescentes que tiveram algum direito violado também recebem atenção especial, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Entre situações atendidas nesses espaços estão violações como o trabalho infantil, abuso e exploração sexual, violência física, psicológica e negligência, afastamento do convívio familiar por medida de proteção ou acompanhamento de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. O Creas também acompanha adolescentes que cumprem medida socioeducativa por terem cometido algum ato infracional.