Educação

Um semestre sem celular: novas atividades aproximam alunos e refletem na aprendizagem

Published

on

Um semestre depois do início da proibição por lei federal do uso de celulares nas escolas os reflexos já são sentidos pelas equipes pedagógicas, que passaram a adotar medidas educativas para substituir os equipamentos eletrônicos, especialmente nos horários dos intervalos.

“Aqui no colégio, a gente costumava lidar com, no mínimo, três crises de ansiedade em alunos por mês. Em 2025, com a proibição do celular, nem me lembro a última vez que algum aluno apresentou esse quadro”, conta Simone Regina Buzato, diretora do Colégio Estadual Professora Jaci Real Prado de Oliveira, de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. 

O fortalecimento emocional dos estudantes foi apenas um entre os muitos fatores benéficos observados no dia a dia das instituições de ensino. “Visitei algumas escolas ao longo do semestre, conversei com as equipes e com alguns pais de alunos e a avaliação de todos é bem positiva”, diz o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. “Defendemos o uso do aparelho para fins pedagógicos, sempre sob a supervisão do professor, e percebendo o quanto a rotina das nossas escolas está mudando sem a utilização para fins recreativos. Estamos felizes com a medida”.  

No Paraná, uma Instrução Normativa da Secretaria da Educação, publicada antes mesmo da legislação federal entrar em vigor, norteou as diretrizes da utilização da ferramenta, como as formas de recolhimento definidas por cada escola e também as sanções, se fossem necessárias.

“Pensamos que teríamos mais problemas, mas não temos tido reclamação pela falta do celular. Claro que sempre vai ter um ou outro aluno que quer burlar o sistema. Mas as coisas estão indo bem”, diz a chefe do Núcleo de Normatização Escolar da Seed, Telma Luzio. “Tudo é uma questão de tempo e adaptação”. 

Mais Lidas

Sair da versão mobile