O milho é um dos pilares do agronegócio paranaense. Sua importância econômica e estratégica — tanto no fornecimento de ração para cadeias de proteína animal quanto no abastecimento de novas indústrias — coloca o cereal no centro de um desafio: é preciso aumentar a oferta. A questão foi amplamente debatida no 18º Seminário Nacional de Milho Safrinha, realizado entre de terça até esta quinta-feira (09 a 11), em Londrina.
Durante o evento, pesquisadores e extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater (IDR-Paraná) apresentaram diagnósticos, dados técnicos e caminhos possíveis para ampliar a produção de maneira sustentável.
Com cerca de 3 milhões de hectares cultivados e 20 milhões de toneladas colhidas na última safra, o milho responde, de forma direta ou indireta, por mais de 40% do valor gerado pelo agronegócio paranaense. “É o principal insumo para as cadeias de aves, suínos, leite, peixes e até ovos férteis. O que produzimos não é exportado, é consumido aqui mesmo, dentro do Estado”, explicou o engenheiro-agrônomo Edivan José Possamai, do IDR-Paraná.
O Paraná é o segundo maior produtor do País, atrás apenas de Mato Grosso, mas, ainda assim, precisa importar eventualmente. “Em determinadas épocas, temos de trazer milho do Paraguai para suprir a demanda. Isso evidencia que nossa produção ainda não atende plenamente o consumo interno”, destacou Possamai.
Dos mais de 300 mil estabelecimentos agropecuários do Estado, cerca de 95 mil trabalham com grãos, sendo 73% deles conduzidos por agricultores familiares. “O milho tem papel fundamental também na esfera social. Está inserido na pecuária, nos sistemas agroindustriais e na base de milhares de pequenas propriedades”, acrescentou.